sábado, 6 de agosto de 2011

Jornalismo: uma questão de ética

Jornalismo: uma questão de ética
A biografia da imprensa no Brasil tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fossem a divulgação de jornais, livros ou panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa, pois nas demais colônias européias no continente a imprensa se fazia presente desde o século XVI.   A imprensa brasileira surgiu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 maios de 1808, com a inspiração da Gazeta do Rio de Janeiro, órgão oficial do governo português que tinha se refugiado na colônia americana. Pouco antes no mesmo ano, porém, o exilado Hipólito José da Costa lançava, de Londres, o Correio Brasiliense (com S), o primeiro tablóide brasileiro — ainda que fora do Brasil. Enquanto o jornal oficial relatava "o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, (...) natalícios, odes e panegíricos da família reinante” [1], o do exilado fazia política. Embora (diferentemente do que muito se divulga) não ligasse a independência do Brasil, e tivesse um posicionamento político por vezes conservador, o Correio Brasiliense foi criado para atacar "os defeitos da administração do Brasil", nas palavras de seu próprio criador, e admitia ter caráter "doutrinário muito mais do que informativo" Sem dúvida nenhuma, fatos relevantes são notícias que o povo quer ver, mas nem sempre o que as emissoras de TV, rádios, jornais e revistas divulgam, são necessariamente verdades jornalisticamente éticas e incontestáveis. No atual contexto, em que o capitalismo dita as regras da economia, tudo passa a ter seu valor mercadológico, inclusive à notícia. Até aí, tudo bem. Mas notícia como mercadoria pode e deve ser tratada dentro dos princípios da conduta ética e profissional, tendo como objetivo, acima de tudo, oferecer boa qualidade de informação e satisfazer às necessidades de consumo dos leitores com um produto autêntico. E este aprendizado sobre o que é ético e o que não é começa nas escolas de jornalismo. Com base nas aulas de Ética em Jornalismo é possível constatar que o Código de Ética rege a conduta profissional do jornalista e dos veículos de comunicação. No entanto, a cada dia que passa tem a nítida sensação que esta cadeira parece ter sido abolida na prática profissional de alguns jornalistas e responsáveis por meios de comunicação atualmente integrados ao mercado de trabalho. Não é raro você abrir um jornal ou ver na TV notícias tendenciosas, pejorativas, que visam beneficiar uma das partes ou mesmo mascarar a verdade dos fatos. É preciso evitar esses e outros abusos de poder no ponto de vista dos interesses dos jornalistas e na justificação dos seus direitos de autor e criador de uma obra de propriedade intelectual, aliás, reconhecida, mas ainda deficiente. Faz-se necessária a reformulação tanto da Constituição Federal quanto do Código de Ética do Jornalismo. Como isso, o que se espera é o pleno consideração dos direitos intelectuais da categoria, o devido valor moral e porque não dizer reconhecimento profissional até de certa forma àqueles que lutam eticamente para os brasileiros serem pessoas mais bem informadas e destituídas do rótulo "habitante de país em subdesenvolvimento social e intelectual

2 comentários:

  1. Prezado William, peó por gentileza que coloque as devidas aspas no trecho do meu artigo que encontra-se transcrito nesta sua página, já que o referido texto "Jornalismo: uma questão de ética"é de minha autoria intelectual e encontra-se devidamente publicado há mais de 10 anos no site Mnemocine/Aruanda. Att., jornalista Alessandra Silvério

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  2. Prezado William, peço por gentileza que coloque as devidas aspas no trecho do meu artigo que encontra-se transcrito nesta sua página, já que o referido texto "Jornalismo: uma questão de ética"é de minha autoria intelectual e encontra-se devidamente publicado originalmente há mais de 10 anos no site Mnemocine/Aruanda. Att., jornalista Alessandra Silvério

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